02/12/2008
POESIA: Quando morrer
Por: Lviz Pherreira
Deambularei num sonho acordado,
Alimentando-me de teu fugaz sorrir.Esperarei não mais despertar
Ainda que adormecer seja tormento,
Ainda que simulado seja o sentir.
Quando morrer
Morri dentro de ti.
Morri nas desculpas aborrecidas,
E nas noites de aproximações desaparecidas,
Impregnei de negras culpas,
Este ar que não mais respiras.
O que foste, o que és?
Da minha vez que nunca acudiu
Uma promessa quebrada,
De um doce apelo temperada,
Despojaste de sentido aquela utópica realidade.
Quando morrer
Morrerei dentro de ti.
Desilude-me a cor dos olhos, peço-te
Uma vez mais...
Adormece-me…
Permite-me divagar naqueles desbotados lençóis
Que tingiste com esse aroma sem cheiro
E abandona-me uma vez mais...
E mais...
E mais...
e...
Não morri...
Nunca dentro de ti...
Lviz Possui um blog com mais poesias e ilustrações próprias. Vale a pena conhecer!
http://www.orgaos-em-falha.blogspot.com/
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