19/05/2009
BANDA: Abismo (Brasil)
Membro: Diego Rocha
Pais:Brasil (Campina Grande/Paraíba)
Gênero: Drone
Pais:Brasil (Campina Grande/Paraíba)
Gênero: Drone
O projeto teve início em 2006, no entanto nesta data ele dispunha de uma outra roupagem sonora e contava ainda com mais dois integrantes, que depois optaram pro outros caminhos.
Com a saída dos dois integrantes todo o som foi reformulado com a intenção de torná-lo o mais pessoal quanto possível com uma inclinação natural para uma linha de som estática que servisse como um canal que viria da mente para o mundo.
Ficando terminado apenas no ano de 2008.
O opus Occasus a lux enimus candelae conta com quatro execuções que tem significados interligados entre si, e todas as letras aqui presentes (Animarum elatum terminus meridianus e Vergum nihilum) estão debruçadas na profundidade do espírito de uma língua morta, o latim, e vieram ao mundo dos homens nesta forma no ano de 2005 do calendário ocidental.
"Após toda essa explanação sobre o Abismo sinto-me na obrigação de declarar que a essência desta alegoria a ninguém pertence, pois não foi criado, pois nunca houve tempo em que não existisse, todos os sons, todos os escritos, tudo que fiz para descrevê-lo, não contempla suas sensações, seu ser imanifesto, desta forma é destinado a poucos e raros e a poucas e raras ocasiões. "
Por tanto...
(o texto abaixo está em uma das poucas paginas do encarte, na parte que cabe minhas dedicatórias)
A vós dedico...
Ao vulto amorfo que encenou formas e palavras nas calçadas de minha mente.
As mãos trêmulas que consagraram seus esforços para registrar os traços destas figuras mendicantes em meus pensamentos para a composição desta alegoria.
A nuvem devoradora de sono que o vulgo chama de insônia.
Também ao cadáver que carrego dentro desta matéria mortal e que um dia chamei de alma...
E é em especial ao escuro e ao silêncio que presto esta opaca homenagem, pois estiveram comigo todo o tempo, em cada palavra e em cada segundo das horas que estive a despir-me da lucidez... Sempre... No inevitável após.
E por fim ao grande funeral celeste, parábola da existência, imensa e longa tragédia que sepulta o dia do ser e que ao usar de simplórias palavras chamei de crepúsculo.
Este foi o canto e a luz, a luz do canto que regeram estes castiçais afogados em plena não-vida.
Desta parte de mim que não é feita nem carne e nem de ossos...
... Desta parte que não darei aos vermes.
Para vós dedico esta lenta decomposição da vida do ser humano.
... O Abismo. "
texto:Abismo