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16/08/2012

ENTREVISTA: Grai - Грай (Russia)


Enfim a tão esperada entrevista com a banda russa Grai, respondendo a nossas perguntas Andrey Smirnov.

EC - Como surgiu a ideia para formação da banda?
GRAI - A maioria de nós, desde os primeiros ensaios (e talvez antes disso), gostava da cultura eslava, música deste estilo e outros aspectos da vida na Rússia dos tempos antigos. Apesar de não vivermos naquela região que pode estar na moda, havia um grupo de pessoas interessadas em criar músicas simples e multisemânticas ao mesmo tempo.

EC - Como os integrantes da banda se conheceram? Todos são amigos de antes da formação?
GRAI - Nós não nos conhecíamos antes da formação da banda. No entanto, como nossa cidade não é muito grande (cerca de 600 mil habitantes), tínhamos muitos amigos em comum. E conseguimos encontrar verdadeiros amigos aqui na banda durante um curto período de tempo.

EC - A banda anteriormente chamou-se “Raven blood” e “Vorog”. Por que a troca do nome para Grai?
GRAI - Na minha opinião, os nomes "Raven blood" e "Vorog" não trazem nenhuma mensagem. No início, estávamos apenas selecionando o nome mais adequado para a nossa música (até os mais tolos). Naquela época, era muito diferente de como é agora. O nome "Vorog" apareceu quando a nossa música ganhou um tom folk nela. Desde então, muitas coisas mudaram - inclusive os membros. "GRAI" foi o último e definitivo nome. Ele foi aprovado um pouco antes da gravação da primeira demo. Daí em diante, nunca alteramos e permanecemos com este nome.

EC -  Em quem (bandas, músicos...) vocês se inspiraram para criar Grai?
GRAI - Por alguma razão, antes de tocar na "GRAI", eu não escutava bandas deste estilo e me limitava às bandas comerciais que todos os adolescentes, membros de grupos informais, ouviam. Outros membros tinham sido inspirados por este estilo muito antes e tentavam tocar algo parecido. Fiquei impressionado com a Gods Tower e SkyClad. Outros curtiam Arkona e Svarga, outros gostavam de Pagan Reign, etc.

EC - Você algum dia imaginou se apresentar ao lado de bandas como Alkonost e Arkona? Isto foi importante para Grai?
GRAI - Alkonost são nossos compatriotas e nos conhecemos antes de dividir o palco. No palco,  suas performances sempre foram muito impressionantes e isso nos fez aprender muito. Nós dividimos o palco com Arkona há muito tempo - em 2006 - no começo da nossa trajetória e para nós - a banda inexperiente - aquela foi uma reunião de pessoas com interesses em comum - uma espécie de locomotiva, mas naturalmente nós superamos muito por conta própria.

EC - Em 2011 a banda lançou o album "O Zemle Rodnoi", o qual foi bem recebido pelo público. Vocês consideram que amadureceram bastante depois do álbum "Polyn – Trava" de 2009?
GRAI - Amadurecidos ainda não, mas assimilamos muita coisa nesse vasto universo chamado música. Pode-se amadurecer durante toda a vida aprendendo algo novo a cada dia. Mas, para ser honesto, gosto dos dois álbuns - cada um em sua própria maneira. O "Sagebrush" é cheio de lirismo, apesar de que haja alguns temas com “round dances” e adoração ao inverno. Sobre o álbum " Our Native Land", é como se entrássemos nas palavras de nossa terra nativa. Nos faz compreender o que diz respeito. Ambos os álbuns são complementares.

EC - Na América do Sul, cada vez mais, aumentam os fãs de estilos como Folk, Viking, Celtic, Pagan e outros do gênero. Como é para vocês da Rússia ter popularidade neste lado do Mundo?
GRAI - Sempre houve, nos países do sul, provavelmente, algum interesse na cultura da Europa, Rússia, Escandinávia. Isso também é uma espécie de exotismo. As pessoas mostram interesse em tudo que há de novo - não importa se está na moda ou não. Muitas coisas são populares. Apesar disso, eu estou satisfeito pelo fato das pessoas na América do Sul, em um lugar tão distante, curtirem a nossa música.

EC - Tem algum projeto de fazer tour pela América Latina?
GRAI - Obviamente temos tais planos, mas a eterna questão é dinheiro. Tudo depende dos organizadores de eventos. Apenas estamos prontos para tocar nossas músicas, para agitar o público, para dar tudo o que temos enquanto o sol brilhar, para fazer de tudo a fim de que as pessoas não se arrependam de ir ao nosso show. Basta ligar-nos e faremos o nosso melhor para ir e tocar! ;))

EC - Sabemos que o grande sonho de qualquer banda é atingir o mercado internacional. O que esperar de Grai a este respeito?
GRAI - Certamente, desejamos alcançar o sucesso financeiro na cena folk mundial e tentaremos fazer isso. Mas na cena do pop comercializado – música “grown in a weed”- não podemos simplesmente entrar no ambiente mais favorável. Tentaremos nosso melhor, é claro. Tenho certeza de que muitas pessoas vão gostar da nossa música! A tarefa de primordial importância para a banda é fazer nossa música e letras claras para os ouvintes, se houver (e há). Nesse caso, não será tão difícil superar as outras dificuldades.

EC - Desde já agradecemos por esta entrevista exclusiva para o Elegia e Canto! Deixe um recado para aqueles que agora estão conhecendo um pouco mais sobre a banda Grai.
GRAI - Nosso muito obrigado! Não traiam os antepassados, escutem música de verdade e nunca percam as esperanças para o melhor! Vejo vocês :) GRAI!


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