22/02/2014
RESENHA: Alive Cover Fest
No dia 14 de fevereiro de 2014, aconteceu o Alive Cover Fest no sítio Talismã, em Ervália (MG).
Inicialmente, o festival seria em Coimbra, mas na semana antecedente à data, foi relocado para Ervália, sendo uma das principais causas das mudanças nos acontecimentos da noite, principalmente em relação ao cast de bandas. O evento foi marcado por fatalidades, poucos recursos, vontade e superação.
Em um clima rústico e com prenúncios de chuva, a Razorblade - Him cover (Ervália) abriu os trabalhos, em cima de um caminhão, e que, não por muito tempo, esquentou os motores da galera, pois uma forte chuva começou a cair e impossibilitou a continuação do festival.
A galera apertou-se em busca de abrigo e, apesar dessa situação estressante, a mesma foi encarada com muito bom humor e paciência pelos presentes (cortesia dos nativos do interior das Minas Gerais). Depois de um longo tempo, a chuva passou, e com o esforço da produção, os shows continuaram, só que agora na varanda da casa do sítio. É isso aí, bola pra frente!
Devido a uma fatalidade, a banda cover do Carcass não pôde comparecer, mas a banda Ex Machina (Belo Horizonte) preencheu muito bem a vaga como a única banda autoral da noite, em seu thrash com pegada death eles trouxeram a casa abaixo! Com uma interatividade ímpar na apresentação das suas músicas, eles ainda nos presentearam com "Roots Bloody Roots" do Sepultura, caindo nas graças definitivamente do público.
Depois, chegou a "hora do rush" (não me julguem, essa piada foi da Natália Superbi), a banda Blitz Wolfe trouxe seu tributo à incrível banda canadense Rush. Devo dizer que não é qualquer um que consegue fazer o que esses caras fizeram. Que instrumental foi aquele? Foda! O vocalista até puxou um mosh, mas foi com "Fly by Night" que eles tiveram o seu ápice, muito, muito bons!
Em seguida, a banda Pushead - Metallica Cover (Belo Horizonte) teve vários momentos marcantes, "Master of Puppets", "Fade to Black" e "Seek & Destroy" foram só alguns deles, sob vários coros vibrantes, o público saboreou cada canção do início ao fim. Apresentação muito bem executada, eles foram demais!
Logo depois, veio uns dos shows mais esperados da noite, a Santa Madre Cassino - Matanza Cover (Belo Horizonte) chegou com atitude. Empolgaram, surpreenderam e desorientaram. Não só com um show agitado, mas também com a presença desconcertante da "Mulher Diabo", principalmente para os homens. Eu deveria abrir um grande parênteses para discursar sobre essa participação, mas como não sou parte interessada nisso, vou resumir falando que a expressão facial dos envolvidos na brincadeira inusitada foi deveras engraçada (até os seguranças tiraram uma lasquinha, risos). Depois, passada toda essa exaltação, o show seguiu quebrando tudo. Eu que bem no dia estava impossibilitada de entrar no mosh, e que tinha aguentado bravamente até então, não pude deixar de aceitar os conselhos da música "Bom é Quando Faz Mal", e cai no mosh! E isso se seguiu em "Ela Roubou Meu Caminhão", e na surpresa "Eu quero ver o Oco", que teve o mosh mais 'sangue no zói' da noite.
Por fim, a Razorblade voltou para finalizar o seu show, anteriormente adiado pela chuva. Já íntimos e entrosados com a galera, agradaram e puderam enfim realizar o seu show.
A banda Outbreak - System of a down cover (Muriaé), que iria finalizar o festival, embora estivesse presente, não fez o seu show. Por motivos justos ou não, não vale mais a pena discutir sobre isso.
Em síntese, apesar de todas as fatalidades, o evento no fim se superou pelo esforço de todos envolvidos, os shows foram incríveis!
(texto: Ranielle Motta)