Encerrando a sua primeira turnê no Brasil, e divulgando seu novo álbum, Heroes, os suecos do Sabaton fizeram seu show em Belo Horizonte. A banda, que atualmente é um fenômeno nos grandes festivais de Metal do verão europeu fez apresentações memoráveis em diversas cidades brasileiras, e, com BH não foi diferente.

  Desde cedo notava-se uma aglomeração de fãs na porta da casa de shows, no começo um pouco discreta, mas que aumentava gradativamente. Era perceptível também a presença de pessoas vestidas com trajes militares, obviamente admiradoras da temática bélica abordada pelo Sabaton.

  A abertura da casa demorou um pouco, o que frustrou alguns presentes, mas este fato foi causado por  problemas de logística, segundo a agência Open The Road, problemas estes que nada tinham a ver com a produtora local, a MS BHZ.

  A primeira banda a se apresentar foi o Devildust, banda que nos brindou com um Hard Rock bastante moderno e pesado, onde percebia-se um profissionalismo muito grande entre os músicos, nem parecia que o guitarrista Raffa Cordeiro era membro temporário (substituindo Leandro Martins, que mora no exterior). Músicas como Nation Of Liers, Route 69, Gambling With The Death e a acelerada (We Are) Devildust foram muito bem recebidas pelo público.

  Dando sequência, tivemos os veteranos do Silvercrow, com seu Power Metal com vários elementos progressivos. A atual formação da banda é extremamente competente, destaque para a cozinha potente formada por Túlio Braga (bateria) e Rafael Dinnamarque (baixo). Também é digno de nota os solos bem construídos do guitarrista Paulo Henrique e seus ótimos duetos de voz com o vocalista Bernardo Silveira. Foram tocadas músicas como Taking Lives, Fly, Unleashing Rage e a canção que leva o nome da banda, Silvercrow. Com  boa resposta do público, ainda executaram o cover de The Trooper(Iron Maiden).

  Após a desmontagem dos equipamentos, era a chegada do tão esperado show do Sabaton.  A expectativa só aumentava, enquanto nos PA's soava The final countdow (Europe), já tradicional nessas ocasiões em apresentações do Sabaton. Após a intro The March To War, já chegaram com tudo, atacando com Ghost Division, do álbum The Art Of War. Era impressionante o grau de agitação do público e da banda, que já é conhecida por shows bastante intensos e cheios de energia. Logo após  vieram com a nova To Hell And Back, seguida pela faixa título do álbum anterior, Carolus Rex. Entre uma música e outra o simpático vocalista Joakin Brodén cumprimentava o público e de vez em quando ainda tentava pronunciar alguma coisa em português.

  Dando continuidade, mandaram Gott Mit Uns, que, diferentemente de sua versão em estúdio foi cantada em sueco e não em inglês, e com trechos cantados pelos guitarristas Chris Rörland e Thobbe Englund. Logo após tivemos a cadenciada e épica Uprising e na sequência a poderosa Attero Dominatus, seguida por Resist And Bite, The Art Of War, Soldiers Of 3 Armies, 40:1 e Swedish Pagans.

  Após uma pausa tivemos o tradicional encore com a rápida Night Witches. Após esta música, tivemos aquela que foi certamente a mais aguardada pelos fãs brasileiros: Smoking Snakes. Esta canção fala sobre três soldados brasileiros que lutaram até a morte contra um contingente muito maior de soldados alemães, mas mesmo assim não se renderam. Posteriormente foram enterrados pelos alemães em túmulos com a inscrição "Dei Brasilianische Helder" (3 soldados brasileiros). Durante a música fãs entregaram à banda uma bandeira do estado de Minas Gerais, enquanto o público cantava a música a plenos pulmões, sobretudo em seus trechos em português.

 Já aproximando-se do fim do show, executaram Primo Victoria, esta também com intensa participação do público, em seguida, encerraram a apresentação com  Metal Crue.

  Foi um show muito bom em diversos quesitos, a casa conta com uma boa estrutura, o público compareceu em bom número, assim como as bandas de abertura que fizeram um ótimo trabalho. Estamos no aguardo de uma nova turnê destes "soldados suecos".