19/02/2018

Entrevista: Hate Embrace (Brasil)


A entrevista desta semana é com a banda pernambucana Hate Embrace que está completando 10 anos de carreira, atualmente a banda é formada por George Queiroz (Vocal), João Paulo Araújo (guitarra/vocal), Aldo Vilar (baixo/vocal), Ricardo Necrogod (bateria/vocal) e Vinícius Campos (teclado/vocal). Realizamos uma entrevista com o idealizar e fundador da banda Ricardo Necrogod, onde ele fala um pouco sobre a história da banda, o grande "Sertão Saga" o novo EP "Revoluções" e muito mais, confiram a seguir:

EC - Primeiraente gostaria de agradecer por terem aceitado realizar a entrevista para o Elegia e Canto. Como surgiu a ideia de formarem o Hate Embrace?
Ricardo Necrogod: Eu e outro amigo tínhamos acabado de sair de uma banda e tínhamos musicas nossas que trouxemos e acabamos criando a Hate Embrace. (inicialmente com o nome Hatembrace, mas 1 ano depois mudamos para Hate Embrace)

EC - Como vocês tiveram contato com o metal? Quais são os músicos e bandas que inspiram vocês na sonoridade do Hate Embrace?
Ricardo Necrogod: Nossa isso faz muito tempo (kkkk), mas lembro que comecei curtindo Iron Maiden, mas curtia bandas como Nirvana. As bandas que são influência para a Hate Embrace podemos destacar: Sepultura, Rotting Cristh, Nile, Chico Science.

EC - O Brasil é um país muito extenso, com várias particularidades e isso se reflete também na cena. Vocês poderiam falar um pouco como é a cena underground de Recife? E para vocês, quais as maiores dificuldades para se ter uma banda independente hoje em dia?
Ricardo Necrogod: A cena Underground do Recife é igual a qualquer outra do Brasil, com seus altos e baixos. Atualmente o mais complicado é como fazer com que headbangers saiam de seus computadores e voltem a vida real e ainda acredito que vai haver muita conversa para que chegue a um ponto final.
As dificuldades são grandes: financeiro, responsabilidade familiar, trabalho que muitas vezes impede de fazer tours e assim vai.

EC - As letras do Hate Embrace são inspiradas em episódios históricos. Alguém da banda tem alguma ligação com a área de história? Como é o processo de composição das músicas?
Ricardo Necrogod: Na verdade, somos grandes curiosos, mas que procuram fazer suas pesquisas com o máximo de cuidado e na maioria das vezes em parceria a historiadores que possam endossar o trabalho.

EC- No segundo álbum vocês decidem mudar a temática trabalhada nos primeiros trabalhos, voltando-se para a história do Brasil, o "Sertão Saga" (2014), é dividido em três atos onde contam a história de Lampião. O álbum e repleto de participações especiais como, por exemplo, Magno Barbosa e Rafael Cadena (Cangaço), Pedro Thomaz (Necroholocaust), Alcides Burn (Inner Demons Rise) e Silvério Pessoa, que destaco o belíssimo trabalho em “Utopia”, a música mais diferente do álbum. Como surgiu a iniciativa de contarem a história de Lampião? E como foi reunir todo esse time de peso para a composição do“Sertão Saga"?
Ricardo Necrogod: A ideia veio logo após a demo (2008), mas ainda tínhamos muitas músicas que não tinham entrado e ficaram pro primeiro full “Domination Occult Art”. Resolvemos esperar mais um pouco e só lançar o “Sertão Saga” em 2014. Foi uma questão bem discutida, pois a banda não era conhecida com a demo e com o 1º full pudemos distribuir o material com vários selos no Brasil e fora. Quando lançamos o “Sertão Saga” pelo selo “Insane Records” a banda já era bem conhecida.

EC - O clipe da música "Utopia" foi premiado em dois festivais de cinema na Paraíba. Primeiro no "Festival Móbile" vencendona categoria Verde Maduro, e depois no "Festival Comunicurtas" recebeu o Troféu Machado Bittencourt de Melhor Filme, e de Melhor Animação. Ambos os festivais o clipe venceu por júri popular. Como foi o processo de produção do clipe "Utopia"? E como foi a experiência de participar desses festivais de cinema?
Ricardo Necrogod: Tudo isso devemos ao irmão de nosso vocalista, Jonathan Queiroz (Direção de arte e animação) e a nossa amiga Magaly Costa (Direção de arte) que trabalham muito nessa produção criando uma animação que unido a música,tornaram-se um só \m/

EC - A banda faz parte do movimento "Levante do Metal Nativo". Vocês poderiam falar como surgiu a ideia de criaçãodesse movimento e seus objetivos? E o que significa para o Hate Embrace fazer parte do Levante?
 
Ricardo Necrogod: O levante é uma união de bandas que tem o mesmo objetivo, falar das histórias do Brasil. Bandas como Aclla, Armahda, Cangaço, Hate Embrace, MorrigaM, Tamuya Thrash Tribe e Voodoopriest, estão correndo juntas mostrando a união deste grupo. Para nós do Hate Embrace estar no LMN é motivo de orgulho, pois acreditamos no potencial de nossas letras e de nossa história.

EC - A banda participou de importantes festivais como o Palco do Rock na Bahia e o Abril Pro Rock em Pernambuco, como foram essas experiências de tocarem em importantes festivais do Nordeste?
Ricardo Necrogod: Estar ao lado de músicos que você cresceu escutando é incrível \m/

EC- Em 2016, vocês lançaram as músicas "Cabeleira" e "Hellcife de Estórias", agora banda está trabalhando em um novo álbum com o lançamento previsto para esse ano. Vocês pretendem lançar mais musicas com vocais limpos como "Cabeleira"? Poderiam adiar algumas novidades do próximo álbum?
Ricardo Necrogod: O Hellcife de Estórias será lançado ainda este ano, mas sempre previsão pois estamos em pré-produção. Mas no dia 31 de janeiro deste mês o Hate Embrace completa sua primeira década de luta no underground nacional e de presente lançaremos nosso EP “Revoluções” que fala de três momentos importantes na história de Pernambuco (A batalha dos Guararapes, A Revolução de 1817 e a Setembrizada de 1831).
Sobre o Ful Hellcife de Estórias vamos falar sobre contos assombrados (muitos deles esquecido pela população), muitos dos locais citados no álbum existem até hoje em Recife.

EC - Mais uma vez agradeço por terem aceitado realizarem a entrevista, antes de encerramos, vocês poderiam deixar uma mensagem para os nossos leitores?
Ricardo Necrogod: O prazer foi nosso e agradeço a oportunidade.
Obrigado a todos \m/          

Ouça o novo EP Revoluções: 


Conheça mais em: Facebook Hate Embrace

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