13/06/2008
POESIA: Dia de Finados
Max Silva Costa
O céu chora em desalento
Além da chuva ouço as orações,
E ouço também o vento
Entoando longas e tristes canções
Já não procuro mais razões ou sentidos.
Lembranças é o que me mantém forte
Diferente da instabilidade dos jazigos
Elas resistem ao tempo e a morte.
Lembranças que curam as dores
Frente ao corpo que o túmulo priva
Trago vida na beleza inefável das flores
Sei que de você aqui só tem restos mortais
Mas mesmo na ausência da carne viva
Vim aqui lembrar-me um pouco mais.