13/06/2008
POESIA: Inferno de Barro
Max Silva Costa
A água sempre traz vida
Mas a máxima virou uma cruel ironia
A criança que outrora sorria,
Agora está aos prantos e aturdida.
Vejam, os demônios tiram sarro!
Pulmões inflam-se de vermes e lama
Ouçam os gritos, a morte chama
Nesse inferno esculpido em barro.
A esperança sangra e se desfaz,
Assim como o que um dia foi construção
Destruída pela chuva efêmera, porém voraz.
Quantos tentam gritar sem voz,
Sufocados em meio aos ratos e a podridão
Eis o fim, a água tornou-se o algoz.