13/06/2011
POESIA: Um poema infantil
Por: MAX SILVA COSTA
Na infância tudo e tão simples!
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A imaginação é pura e sem limites
Em todos os livros que lia
A princesa nunca morria
Por mais que ingerisse o veneno forte
Não havia vômito, asfixia ou morte
Ela apenas ficava inconsciente
Aguardando o beijo do tal príncipe valente.
E o pé de feijão que tanto crescia
Rompia as nuvens e até o céu atingia
No fascínio das primeiras leituras
As crianças acreditam nessas aventuras
Mesmo sem ver dragão ou castelo
Contentam-se com as cores das figuras
E de alguma forma acham tudo isso belo
Mas tem algo a mais pra ser contado,
Um lobo com a barriga cortada
Dela saía uma anciã viva e inteira
Ele fez isso de que maneira?
Ela não teve nenhum órgão extirpado?
Sim, o caçador usou um machado!
Mas nenhuma gota de sangue foi derramada?
Sim crianças, verdades são omitidas!
De fato as tragédias não são divertidas.
Mas cedo ou tarde descobrirão
Que o veneno é impiedoso e cruel,
Que nenhuma planta atinge o céu,
Que os lobos feridos sangram,
Não agüentam velhas inteiras no ventre
E que ninguém é feliz para sempre.